segunda-feira, 17 de junho de 2013

Mulher é agredida após denunciar deputado por pedofilia

Uma jovem foi agredida e ameaçada de morte por quatro homens, depois de denunciar o ex-deputado estadual e ex-vereador de Florianópolis, Nilson Nelson Machado, por maus-tratos e pedofilia.

Nilson, chamado na região de Duduco, é conhecido por desenvolver projetos sociais. Ele abrigou mais de 70 crianças e adolescentes carentes na própria casa. A garota agredida ontem contou à policia que sofria maus-tratos no abrigo. “Era chute, era soco, apanhei muito lá dentro”, relata.

A casa da vítima foi invadida na tarde de quarta-feira. “Eles chegaram lá, invadiram e me deram um soco na cara e agrediram meu sogro”, relata. O sogro completa: “Os quatro me deram socos e pontapés. Eles falaram que iam voltar pra matar minha nora e eu”.

As vítimas tiveram ferimentos pelo corpo, inclusive na cabeça. Segundo a polícia, os agressores moram na casa de Duduco.

No inquérito, três garotos acusam o deputado de pedofilia. “Ele tocava nas partes íntimas, isso no quarto dele. Isso aconteceu várias vezes, muitas vezes”, conta um deles.

Sem saber que estava sendo gravado, Duduco admite que mantinha relações com os adolescentes, que tiveram seus nomes omitidos: “Toda vida eu trabalhei contra esse tipo de relacionamento, agora que eu fui mais fraco, fui. Na minha fraqueza, eu me envolvi com o (...), e aí quando eu me separei do (...), o (...) começou a atravessar o meu caminho. Não era criança. Ele não tinha nem 10, nem 11, nem 12. Ele já tinha 16 anos”.

Procurado pela equipe do Jornal Hoje, o ex-deputado negou todas as acusações: “Eu estou à disposição da Justiça. Eu clamo pela justiça. Eu quero isso mesmo, que a Justiça me chame o mais rápido possível”.
A primeira denúncia contra Duduco foi feita há mais de quatro anos. No conselho tutelar, ninguém quer gravar entrevista. Por telefone, os conselheiros disseram apenas que pediram providências para o caso depois da denúncias, mas não informaram que medidas seriam essas.

O Ministério Público Estadual instaurou uma investigação para avaliar a necessidade de garantir proteção às crianças e adolescentes citados no inquérito policial.


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