Jim Carrey tem um papel importante em “Kick-ass 2”, mas não está disposto a participar da divulgação do filme, alegando não concordar com o grau de violência da história. O ator interpreta o coronel Stars and Stripes, comandante de um grupo de um grupo de super-heróis que reúne, entre outros, Kick-Ass (Aaron Taylor-Johnson) e Hit-Girl (Chloë Grace Moretz).
“Fiz 'Kick-ass' um mês antes de Sandy Hook e agora em sã consciência não posso apoiar aquele nível de violência. Gostaria de pedir desculpas aos outros envolvidos no filme. Não tenho vergonha dele, mas eventos recentes me fizeram mudar de ideia”, escreveu Carrey em seu perfil no
Twitter, citando o tiroteio ocorrido em dezembro de 2012 em uma escola em Newtown, nos
Estados Unidos, no qual foram mortos 20 alunos e seis funcionários.
A decisão do ator surpreendeu Mark Millar, autor dos quadrinhos nos quais o filme foi baseado e também produtor executivo do longa. “Como vocês devem saber, Jim é um defensor apaixonado do controle de armas e eu respeito tanto sua política quanto sua opinião, mas estou perplexo por esse anúncio repentino, já que nada visto nesse filme não estava no roteiro dezoito meses atrás”, justificou em seu site.
“Sim, o número de mortos é bem elevado, mas um filme chamado “Kick-ass 2” realmente tem a ver com seu título. A sequência de um filme que nos deu Hit-Girl sempre previu algum sangue e isso não deveria ser chocante para um cara que gostou tanto do primeiro longa... assim como Jim, me sinto horrorizado pela violência na vida real (mesmo sendo escocês), mas “Kick-ass 2” não é um documentário”, acrescentou.
Por fim, Millar fez um apelo para que Carrey reconsidere. “No final das contas, a decisão é dele, mas nunca comprei a ideia de que a violência na ficção leva à violência na vida real mais do que Harry Potter conjurando um feitiço crie garotos mágicos na vida real”, concluiu.
Fonte:G1
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