terça-feira, 11 de março de 2014

Filha de mafioso processa criadores do GTA Auto V


Karen Gravano é filha de homem que ajudou a denunciar um dos maiores mafiosos dos Estados Unidos e já participou do reality show "Esposas da Máfia"


Karen Gravano, a filha do mafioso que ajudou a denunciar John Gotti, está processando os criadores de Grand Theft Auto V. Ela alega que o jogo criou uma personagem com sua história sem permissão, e agora ela quer uma indenização de US$ 40 milhões.

Karen diz que “Antonia Bottino“, que aparece na foto acima, tem a mesma história de sua vida. No jogo, “Antonia” é resgatada em um encontro ao acaso no norte do mapa. Karen Gravano estrelou as três primeiras temporadas da série “Esposas da Máfia”, do canal VH1, e deve publicar um livro sobre sua vida em breve.

O pai de Karen Gravano era Salvatore Gravano, conhecido como Sammy The Bull. Sammy era um mafioso da família Gambino, mas em 1991 ele resolveu cooperar com os promotores dos Estados Unidos no julgamento de John Gotti, provavelmente o mafioso mais famoso das últimas décadas no país. O testemunho de Gravano foi essencial para que John Gotti fosse condenado à prisão perpétua. O delator ficou preso por cinco anos e depois foi colocado no serviço de proteção à testemunha.

Em GTA V, Antonia Bottino é a filha de Sammy Bottino, que nunca é visto mas que tem sua história contada por Antonia. No jogo, Sammy era um mafioso da família Gambetti, braço direito do chefe Jon Gravelli. Bottino se transforma em um informante da polícia e um de seus inimigos busca vingança sequestrando Antonia Bottino e enterrando a garota viva em uma pista de moto em Paleto Bay. E é nessa hora que o personagem tem que salvá-la.

Não está claro no processo de Karen Gravano se ela foi sequestrada ou ameaçada de alguma forma pelos velhos inimigos de seu pai. No processo, Karen afirma que “um segundo livro contendo partes não tão conhecidas da história usada pela Rockstar” será lançado em breve.

Um porta-voz da Rockstar Games afirmou ao New York Daily News que a empresa não comenta disputas judiciais.


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